sexta-feira, 30 de junho de 2017

Raiva



Hoje, meu irmão chegou em casa já bem transtornado devido ao número de provas com alto grau de dificuldade que tem feito e começou a gritar descontroladamente comigo, berrando, proferindo palavras de baixo calão; tudo por que liguei pra ele e, segundo ele, poderia tê-lo prejudicado na prova. Em minha defesa, ainda não adquiri dons para ver através de bolas de cristal. Se seu irmão costuma chegar, no máximo, 18 horas e às 20h ainda não chegou, não viu a mensagem que você mandou às 17; a reação mais lógica é ligar, ainda mais que ele não avisou que a prova começava tarde, ou que poderia terminar tarde.
Sempre costumo falar que evito ficar mal-humorada ou estressada em determinadas situações, por que minha beleza é superior. Essa é uma verdade que embora nem sempre consiga cumprir, é um bom objetivo pra se ter no caderninho.
Saber separar suas raivas, tratá-las, moldá-las pode ser uma alternativa. É claro que existem momentos que não é possível deixar de sentir, mas não vejo necessidade de emitir essa raiva, descontar em terceiros.
A raiva é um sentimento que na maioria das vezes vem atrelada a uma ação desproporcional, a falas desarrazoadas e sem filtro e, a meu ver, se difere do mal humor. Existem pessoas que a sentem e conseguem aproveitar de sua raiva para tomarem medidas melhores e evoluírem; outras, se aproveitam da situação, esperneiam e sempre se acham no direito de gritar com qualquer pobre ser humano, ou não humano, que cruze seu caminho.
No entanto, o que quero demonstrar é que raiva é um sentimento pontual, que em dado momento se assemelha um balão que devido ao tempo já não mostra a mesma vivacidade que outrora tinha quando recém cheio; e que ao tentar estourar, você crava as unhas e aperta, nem sempre estoura de pronto, mas com um pouco mais de pressão, ele sucumbe e estoura. Estoura mesmo que haja uma criança que se assuste com o barulho e chore procurando o colo de sua mãe, por exemplo.
Não estou dizendo que devemos reprimir a raiva. Se ela existe, é por que há uma razão, ela é necessária para a nossa saúde emocional. O que estou querendo é provocar uma reflexão sobre como podemos tentar pensar antes da raiva nos levar a fazer coisas que possamos nos arrepender.

Love,                               
Tallyta

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