“UM CONTO DE FADAS DELICADAMENTE ESPIRITUOSO... FEITO PARA DIAS ENSOLARADOS NO PARQUE.” – COSMOPOLITAN
#SINOPSE
Com
um toque de romance batido, mas sem deixar de ser original, “Amor nas entrelinhas”,
escrito pela Londrina Kate Fforde, conta a história de Laura, uma
jovem de 26
anos com o mesmo ‘complexo de Bela’ da maioria dos romances ‘água com açúcar’ por
aí. Laura é apaixonada por livros, na verdade os entende muito bem. Está vendo
seu emprego ir pelo ralo, por conta da desvalorização das livrarias e,
consequente fechamento da livraria de Henry (que a deixava autonomia para
realizar eventos literários de sucesso).
 |
Katie Fforde |
Entretanto
é durante o evento da mais nova sensação literária, que Laura chama a atenção de
Eleonora, um agente super competente que se encanta com os conhecimentos e opinião
literária da moça e a convida para organizar um festival literário que iria
funcionar concomitante a um festival de música. Embora não quisesse Laura se vê
envolvida no evento e lhe é dada a missão de convencer Demont, um figurão
literário, residente na Irlanda, a participar do festival, após 15 anos de reclusão
absoluta, a fim de obter o patrocínio de um milionário fã do escritor. É aí que
a história ganha certa aura de conto de fadas e um amor se escreve nas entrelinhas
desse romance (Chega
de spoiler).
#PAPO
DE LINCE
O andar do enredo se encaminha para uma história
‘piegas’ e com um toque de romance comum, só que amor nas entrelinhas se mostra
original no que tange a parte além do simples romantismo homem-mulher, mas
apresenta um romantismo homem-literatura. Destaca a dificuldade que vem sendo
encontrada no mundo literário tanto no que tange a parte comercial, quanto a dificuldade
que pode ser encontrada na face artística, no âmbito criativo.
Não sei
se proposital, mas percebi uma mudança de perspectiva, da linha de abordagem da
autora, como se tivesse tido um ócio criativo.
Começa com um toque de romance avassalador e
passa para um toque morno, meio água com açúcar, com um final, que em minha opinião
deixou a desejar.
No início o livro apresenta narrativas fracas
e, particularmente, um narrador observador que, apesar da pegada mais ‘conto de
fadas’ não me agrada muito. Esperava mais contato com a relação dos dois e, por
mais que se trate de um amor nas entrelinhas, acho que faltou margem para esse
tipo de imaginação do leitor.
A personagem Laura, tem certo complexo de
Bela, mas na medida certa. É altamente competente, intrigante, como poucas personagens
desse tipo de livro.
Em tudo, é uma história leve, ideal para uma
tarde livre. Os desencontros, as sacadas e alguns diálogos são hilários e
trazem o leitor a uma montanha-russa de emoções: tristeza, alegria, vergonha-alheia,
raiva e decepção.
Para quem procura uma leitura romântica para
uma tarde ociosa, esse livro é ideal.
Por Tallyta Leite