Essa semana estava lendo um desses romances best-sellers para poder resenhar e me deparei com a mesma história clichê de sempre:
Um amor proibido, um rapaz bonito, tem namorada, é indiferente as outras garotas
até surgir ‘aquela’ garota que é nova na escola e muda todo seu limiar de vida.
Aí vem o drama, mais drama e, ADVINHA?!! Mais drama; um final repleto de brigas
e previsível. (Boring! Bléé) Sinto falta da originalidade
dos romances, histórias pitorescas, visões diferentes do que é romance,
cenários diversos. O fato é que: Romances, Romances, novidades à
parte!.
Que não se fazem mais livros/romances como antigamente é inegável, mas
também não podemos fechar os olhos para uma questão bem evidente: a sociedade não
é a mesma, o perfil das pessoas muda. Minha crítica se baseia, no entanto, na ‘cultura
da massificação’. Noto que grande parte dos romances não são histórias escritas
pra marcar, histórias para a posteridade, são histórias baseadas em uma pauta imediatista,
se tornam consumíveis (o que é lamentável!).
Sinto falta de histórias mais criativas, romances com âmbitos diferentes,
novidades.

Conforme assevera Pierre Daniel Hent
no livro Tratado da origem dos Romances,
o romance é um agradável divertimento dos preguiçosos honestos; e,
particularmente, nunca vi tanta verdade nesta afirmação escrita a tanto tempo,
mas que serve como uma luva.
Os livros tem se voltado muito
para o público jovem, e o que esperar de um público que se atrela a cultura do ‘pegar’?(sem generalizações, por favor) Perdeu-se toda
aquela aura que outrora tivera o público ao qual se destinava os antigos
romances e mediante isso, os autores se veem em um impasse: “vender ou não vender,
eis a questão!”. Só resta-lhes como já dizia Manuel Bandeira: “A onda, a onda
anda. Aonde anda a onda? a onda ainda, ainda onda ainda anda. Aonde? Aonde? a
onda, a onda”, isto é, só resta seguir o fluxo (piada
interna,kkkk) e se atrelar a uma literatura fácil que dê conforto e
estabilidade, com uma fetichização da técnica, lançando mão da autenticidade
dos escritos e sendo 'malabaristas da produção editorial'.
Continuo em busca de mais romances realmente bem escritos, originais e apaixonantes.
Continuo em busca de mais romances realmente bem escritos, originais e apaixonantes.
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